por Luana Luizy, Assessora de Comunicação, IEB
“Articulação dos povos Timbira para a implementação da Política Nacional de Gestão Ambiental e Territorial de Terras Indígenas (PNGATI)”; é o projeto que promoveu a governança nos processos de gestão territorial e ambiental de terras indígenas Timbira com apoio do Fundo de Parceria Para Ecossistemas Críticos (CEPF) e colaboração do Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB).
O objetivo geral do projeto foi fomentar a implementação da PNGATI no Cerrado. A atuação se deu por meio da consolidação de uma rede de indígenas Timbira, de modo a reforçar o papel destes povos e seus territórios como importantes na conservação dos recursos naturais e da sociobiodiversidade, respeitadas as questões geracionais e de gênero. Assim, a parceria com a Associação Wyty Catë – organização que representa as comunidades Timbira no Maranhão e Tocantins – foi fundamental para a execução das ações.
O projeto contribuiu para a formação de 38 agentes ambientais Timbira e envolveu os povos: Apinayé, Krahô, Apanjekrá-Canela, Ramkokamekrá-Canela, Krepynkatejê e Krênjê.
“Por meio da parceria com o CEPF, buscamos apoiar a articulação dos povos Timbira para a implementação da PNGATI; este processo se dá fomentando espaços de discussões a respeito da política, mas também fortalecendo as iniciativas locais dos povos Timbira e das suas organizações”, afirma Ester Oliveira do Centro de Trabalho Indigenista (CTI).
Encontros sobre gestão territorial e ambiental, articulação política e formação de jovens também foram atividades executadas, com o objetivo de reforçar o papel desses povos como fundamentais para a conservação do Cerrado e da sua sociobiodiversidade.
Além disso, o projeto apoiou a participação de 169 mulheres Timbira para ida na 1º Marcha das Mulheres Indígenas, “Território: nosso corpo, nosso espírito”, que aconteceu em Brasília, entre os dias 9 e 13 de agosto de 2019.
As ações foram realizadas em parceria com a Associação Wyty Catë, das Comunidades Timbira do Maranhão e Tocantins, e teve como principal objetivo fomentar a implementação da Política Nacional de Gestão Ambiental e Territorial de Terras Indígenas (PNGATI), como forma de destacar e de reconhecer o papel dos povos indígenas na conservação da sociobiodiversidade.
Os territórios Kanela, Porquinhos, Geralda Toco Preto, Krenyê, no Maranhão, e Apinajé e Kraolândia no Tocantins foram envolvidos no projeto, com a presença de representantes das comunidades que participariam do curso de formação em PNGATI.
Em meio à pandemia, apoiar atividades no roçado foi fundamental para incentivar a permanência dessas populações nas aldeias, as ações buscaram fortalecer a sustentabilidade nos territórios.
Para saber mais:
O Fundo de Parceria para Ecossistem.as Críticos é uma iniciativa conjunta da Agência Francesa de Desenvolvimento, da Conservação Internacional, União Europeia, da Gestão Ambiental Global, do Governo do Japão e do Banco Mundial. Uma meta fundamental é garantir que a sociedade civil esteja envolvida com a conservação da biodiversidade.