Direção estratégica 3: Promover e fortalecer as cadeias produtivas associadas com o uso sustentável dos recursos naturais e a restauração ecológica

Instituição: Central do Cerrado

Instituições parceiras: ASSEMA, COPPALJ, MIQCB, APATO, Slow Food, WWF-Brasil

Responsável(is): Mayk Arruda
E-mail(s): mayk@centraldocerrado.org.br
Telefone(s): +55 (61) 3327-8489 / Whatsapp: +55 (99) 98454-0345

Corredor(es): Mirador-Mesas
Município(s): (MA) Lago do Junco, Lago dos Rodrigues, São Luís Gonzaga do Maranhão, Bacabal, Codó, Caxias, Esperantinópolis, Santo Antônio dos Lopes, Capinzal do Norte, Coroatá, Trizidela do Vale, Pedreiras, Lima Campos, Imperatriz, João Lisboa. (TO) Axixá do Tocantins, Augustinópolis, São Miguel do Tocantins, Sitio Novo do Tocantins

Objetivo geral: Promover o uso sustentável das florestas de babaçu, através da ampliação da oferta de óleo de coco babaçu com origem socioambiental identificável, mensurável e que promova a conservação da biodiversidade e uma justa e equitativa distribuição de ganhos econômicos.

Objetivos específicos: 

Reunir organizações que atuam na cadeia de babaçu para a criação formal do Consórcio Babaçu Livre, que terá o potencial de desenvolver e multiplicar a capacidade de uso sustentável dos babaçuais, oferecendo formação técnica em boas práticas de manejo em áreas conservadas dos estados do Tocantins e do Maranhão, além de facilitar a produção, comercialização e gestão dos produtos.

O projeto está estruturado em cinco componentes:

Criação do Consórcio Babaçu Livre

Uma das frentes do projeto atuará na construção coletiva do Consórcio Babaçu Livre, a partir da integração de empreendimentos comunitários e organizações parceiras, com capacidade de atuar prioritariamente na gestão territorial e governança socioambiental dos processos produtivos de óleo de coco babaçu para atendimento a demandas de mercado e inclusão produtiva das Quebradeiras de Coco Babaçu.

A partir do Consórcio serão abertas novas perspectivas de formação técnica, produção e expansão da abrangência comercial dos empreendimentos comunitários, transformando a realidade socioeconômica das famílias inseridas no processo e valorizando a capacidade de uso sustentável dos babaçuais.

Criação da Fortaleza Slow Food do Babaçu

Em conjunto com a Associação Slow Food do Brasil e a Associação de Mulheres Trabalhadoras Rurais de Lago do Junco e Lago dos Rodrigues (AMTR), será instituída a Fortaleza Slow Food do Babaçu, um importante instrumento para identificar a origem e os modos de produção e ajudar os pequenos produtores a resolverem as suas dificuldades, conectando-os com mercados alternativos que valorizam os seus produtos.

Estruturação produtiva

Para a estruturação produtiva, serão feitos levantamentos de dados técnicos e informações sobre as demandas de formação técnica e gestão dos integrantes do Consórcio Babaçu Livre, qualificando as necessidades de investimento e construindo planos específicos que orientem a captação de recursos para expansão da capacidade produtiva da COPPALJ e de outras unidades de beneficiamento de coco babaçu integrantes do Consorcio Babaçu Livre. Capitaneadora do projeto, a COPPALJ já faz investimentos com recursos próprios em sua estrutura de produção. Em 2020 os investimentos somaram mais de R$ 500 mil e para 2021, a expectativa é investir mais de R$ 300 mil em estrutura física para atendimento a demanda de mercado que se apresenta.

Formação e transferência de conhecimento

Com base no levantamento da demanda de formação e capacitação, a equipe do projeto desenvolverá em conjunto com os membros do Consórcio Babaçu Livre um plano de formação focado no desenvolvimento de capacidades que promovam o uso sustentável das florestas de babaçu. Para isso será produzido material específico pensado coletivamente para este fim, com linguagem e recursos visuais acessíveis, como dois vídeos e dois manuais tecnológicos, com os temas do manejo sustentável do babaçu e a importância e funcionamento das cantinas.

Reconhecimento internacional – TICCAS

Outro relevante eixo do projeto é o fortalecimento do reconhecimento internacional da categoria identitária das Quebradeiras de Coco Babaçu como comunidade tradicional, com o título global expedido por programas internacionais como a Organização das Nações Unidades (ONU) chamado: “Territórios e Áreas Conservadas por Comunidades Indígenas e Locais (TICCAs)”. Para que o título seja alcançado será promovido um intercâmbio entre comunidades do projeto e o povo Kalunga, com a previsão de visita de lideranças ao território, com o objetivo de compreender o processo e relevância do registro como TICCA a partir de uma ótica da comunidade.

 

Valor do apoio: U$ 97.731,00

Duração: 11 meses (Março 2021 a Janeiro 2022)

 

Imagens cedidas por Central do Cerrado