No último dia 9 de julho, o diretor presidente da Associação Xavante Etenhiritipá (AXE), Jurandir Siridiwe e a pesquisadora Fernanda Viegas Reichardt, se reuniram em São Paulo com a Procuradora Regional da República da 3ª Região (4ª CCR/MPF) e Gerente do Projeto Conexão Água do Ministério Público Federal, Sandra Akemi Shimada Kishi.
A razão desse encontro foi dar início à governança e iniciar um diálogo formal com o Ministério Público Federal sobre os objetivos do projeto “Pagamento por Serviços Ambientais – PSA e a adoção de práticas sustentáveis que contribuam a qualidade, a quantidade e com o regime de vazão das águas das bacias hidrográficas Tocantins-Araguaia e Amazônica (Sub-bacia do Rio Xingu)”.
Neste encontro, a equipe discutiu a possbilidade de ampliação da área do projeto, como sugestão da Dra. Sandra, que incluiria as regiões conhecidas pelo povo Xavante como Sõrepré e Wedezé. Sõrepré é território considerado como “berço da cultura Xavante”, localizado ao Norte da Terra Indígena (TI) Pimentel Barbosa, que ainda não foi homologado ou demarcado como Terra Indígena. Há uma hipótese de que esta seja uma área de recarga de aquífero, mas ainda não existem dados para comprovar. Wedezé é o local de nascimento de muitos Xavantes que hoje habitam a Aldeia Etenhiritipá. É território contíguo a TI Pimentel Barbosa, localizado na margem direita do Rio das Mortes. Atualmente, Wedezé encontra-se ocupado por propriedades rurais com áreas que variam de 600 hectares a 25 mil hectares.
Para Fernanda Reichardt, “este encontro foi uma conversa inicial, mas essencial para iniciarem a discussão da criação do plano de ação que atuará na governança e viabilização do PSA no território Xavante”.
Confira a entrevista do diretor presidente da Associação Xavante Etenhiritipá (AXE), Jurandir Siridiwe no programa Nação Futebol:
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